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Angina ou infarto? Entenda a Diferença …
10 de abril de 2019Antes de diferenciar angina e infarto, é bom saber que a origem é a mesma, uma doença chamada aterosclerose. Nosso corpo tem um imenso sistema de irrigação sanguínea com aproximadamente 100.000 km de veias (duas vezes e meia a circunferência da terra) que levam nutrientes e oxigênio a todas as partes do corpo. Quando limpas e desobstruídas o sangue circula livremente e todo o corpo é nutrido. Na aterosclerose há um acúmulo progressivo de ateromas (placas compostas por gorduras) e tecido fibroso no interior das artérias. Os ateromas podem obstruir a passagem do sangue para órgãos vitais e com isso cortar o fornecimento de oxigênio a esses órgãos.
Todos têm ateromas em maior ou menor quantidade no corpo, mas a aterosclerose é fatal quando atinge as artérias que irrigam o coração e o cérebro, órgãos que resistem por pouco tempo sem oxigênio.
Fatores de risco para a aterosclerose:
- Idade – o risco aumenta com a idade.
- Sexo – Homens são mais propensos a desenvolver doenças cardíacas que as mulheres, o que costuma igualar após a menopausa.
- Histórico familiar – Filhos de pacientes cardiopatas têm mais risco de apresentar doença cardíaca.
- Raça – Afrodescendentes, hispanos, ameríndios, havaianos e asiáticos que assimilam costumes ocidentais, têm maior risco de problemas cardíacos.
Fatores que aumentam os riscos:
- Diabetes
- Hipertensão (pressão alta)
- Colesterol aumentado
- Tabagismo (hábito de fumar)
- Doenças renais
- Abuso de drogas
- Obesidade
- Sedentarismo
Sintomas
A aterosclerose é uma doença insidiosa que em alguns casos pode não apresentar nenhum sintoma. Mas na maioria dos casos o paciente sente:
- Dor e desconforto no peito (angina)
- Cansaço
- Falta de ar
- Fraqueza
O que é a angina?
É um sinal de isquemia coronariana (insuficiência de irrigação sanguínea no coração) de manifestação dolorosa no centro do peito que migra para o ombro e braço esquerdo indo até os dedos. Também pode irradiar-se para o lado esquerdo do pescoço, maxilar, região estomacal e ocasionalmente nas costas.
Ocorre geralmente após estresse físico ou grande irritação. Desaparecendo quando o indivíduo descansa ou se acalma. Pacientes já em tratamento costumam usar um medicamento durante as crises (Isordil ou nitroglicerina).
Quando a aterosclerose chega ao ponto da obstrução total do vaso sanguíneo em artérias próximas ao coração, ocorre o ataque cardíaco ou Infarto agudo do miocárdio.
O que é o Infarto do miocárdio?
O infarto é a morte das células cardíacas por falta de oxigênio.O sistema cardíaco é constituído de 50.000.000 de células elásticas que se contraem juntas e esse movimento é o batimento cardíaco. Seu alimento é o oxigênio que vem pelo sangue. Quando não se alimentam, morrem em pouco tempo, se morrerem mais células do que o suficiente para manter o coração batendo, o coração não se recupera e o paciente morre.
Ao contrário da angina, a dor que se irradia da mesma forma tem longa duração (mais de 20 minutos) e não passa com o medicamento nitroglicerina. No ataque cardíaco o tempo de socorro é fundamental para a sobrevivência do paciente. Em cerca de 20 minutos o cérebro já começa a sofrer danos.
Sintomas de infarto*
Dor forte no peito como se comprimido por um peso ou aperto, irradiando para o braço esquerdo, estômago, pescoço, costas e maxilar.
- Sensação de dormência no braço esquerdo.
- Tosse.
- Tontura.
- Falta de ar.
- Sudorese.
- Náusea, sensação de indigestão.
*Pessoas idosas, diabéticos e mulheres podem sentir pouca ou nenhuma dor no peito.Nem sempre a pessoa que está tendo um infarto apresenta todos os sintomas.
O melhor medicamento é a prevenção:
Tenha uma alimentação saudável, não fume, evite bebidas alcoólicas e drogas. Pratique exercícios regularmente (mínimo uma hora, três vezes por semana). Verifique o colesterol regularmente e fique atento a fatores de risco como obesidade, diabetes e hipertensão. Informe-se sobre histórico familiar de doenças do coração. Adote uma atitude positiva e um estilo de vida saudável. Fuja de situações de estresse e viva melhor.
Fonte – Revista Vida e Saúde