Arritmia Cardíaca: O que é, Sintomas, Tratamentos e mais.

mulher sofrendo de arritmia no coração

Você já sentiu seu coração “pular uma batida” ou acelerar sem motivo aparente? Esses podem ser sinais de arritmia cardíaca, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em nossa clínica, entendemos a importância de compartilhar informações claras e precisas sobre saúde cardíaca.

Neste artigo, vamos explorar o que é arritmia cardíaca, reconhecer seus sintomas, entender suas causas e descobrir como é feito o diagnóstico. Também abordaremos as opções de tratamento disponíveis e dicas valiosas para prevenção. Convidamos você a continuar lendo para se informar sobre esta condição cardíaca comum e saber quando procurar ajuda médica.

O Que é Arritmia Cardíaca?

A arritmia cardíaca é uma condição que afeta o ritmo natural dos batimentos do coração, fazendo com que ele bata de forma irregular – muito rápido, muito devagar ou com um padrão imprevisível. Este distúrbio ocorre quando há alterações nos impulsos elétricos que coordenam os batimentos cardíacos, comprometendo a eficiência do bombeamento sanguíneo para o resto do corpo. Cada tipo de arritmia cardíaca possui características específicas e pode surgir por diversos fatores, desde predisposição genética até hábitos de vida inadequados.

Muitas pessoas vivem com arritmias cardíacas leves sem perceber, já que algumas variedades não apresentam sintomas evidentes. Porém, quando sintomáticas, a arritmia cardíaca pode se manifestar como palpitações, sensação de falha ou “pulo” nos batimentos, tontura, falta de ar, desmaio ou até mesmo dor no peito. A gravidade varia significativamente – enquanto algumas arritmias cardíacas são inofensivas, outras podem representar sérios riscos à saúde, especialmente em pessoas com problemas cardíacos preexistentes.

10 Sintomas Comuns de Arritmia Cardíaca

Reconhecer os sinais de que seu coração não está batendo em um ritmo normal pode ser vital para buscar ajuda médica no momento certo. Se você ou alguém próximo apresenta algum destes sintomas, consulte um médico para avaliação adequada. Veja os principais sinais que podem indicar uma arritmia cardíaca:

1. Palpitações no peito

A sensação de que o coração está “pulando”, batendo muito rápido ou de modo irregular é o sintoma mais comum de arritmia cardíaca. Muitas pessoas descrevem como um “bater de asas” ou “tremor” dentro do peito que pode durar segundos ou minutos.

2. Falta de ar inesperada

Quando o coração não bombeia sangue eficientemente devido à arritmia cardíaca, você pode sentir dificuldade para respirar mesmo em repouso ou durante atividades leves que normalmente não causariam esse desconforto.

3. Tontura recorrente

A arritmia cardíaca pode reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro, provocando tonturas repentinas, sensação de desequilíbrio ou vertigem, especialmente ao se levantar rapidamente.

4. Desmaios súbitos

Conhecidos medicamente como síncope, os desmaios causados por arritmia cardíaca ocorrem quando o cérebro não recebe sangue suficiente. Se você desmaia sem aviso, deve buscar atendimento médico imediato.

5. Dor ou desconforto no peito

Algumas pessoas com arritmia cardíaca sentem dor, pressão, aperto ou desconforto no peito, similar aos sintomas de ataque cardíaco, especialmente durante episódios de batimentos irregulares.

6. Cansaço anormal

Fadiga persistente e inexplicável pode sinalizar que seu coração não está bombeando sangue eficientemente devido à arritmia cardíaca, deixando seus músculos e órgãos com menos oxigênio.

7. Suor frio repentino

Durante episódios de arritmia cardíaca mais graves, o corpo pode reagir com sudorese fria e pegajosa, mesmo sem esforço físico ou temperatura ambiental elevada.

8. Ansiedade sem causa aparente

Muitas pessoas com arritmia cardíaca relatam sentimentos súbitos de pânico ou ansiedade. Isso acontece porque o corpo percebe que algo está errado com o ritmo cardíaco, ativando respostas de estresse.

9. Pulso fraco ou acelerado

A arritmia cardíaca pode fazer com que seu pulso fique muito rápido (mais de 100 batimentos por minuto em repouso), muito lento (menos de 60 batimentos) ou irregular ao toque.

10. Confusão mental momentânea

Quando o cérebro não recebe sangue suficiente devido à arritmia cardíaca, você pode experimentar períodos breves de confusão, dificuldade para se concentrar ou até mesmo dificuldade para lembrar de coisas simples.

8 Causas Comuns de Arritmia Cardíaca

O ritmo irregular do coração pode ser desencadeado por diversos fatores. Conheça as principais causas que podem levar à arritmia cardíaca:

1. Doenças do coração

Problemas como infarto prévio, insuficiência cardíaca e doença nas válvulas deixam cicatrizes ou alteram a estrutura do coração, interferindo na condução elétrica normal e provocando arritmias.

2. Pressão alta descontrolada

A hipertensão força o coração a trabalhar mais, aumentando seu tamanho com o tempo e modificando o sistema elétrico do órgão, o que facilita o surgimento de batimentos irregulares.

3. Estilo de vida prejudicial

O consumo excessivo de álcool, cafeína, nicotina e algumas drogas recreativas pode estimular o coração de forma inadequada e desencadear episódios de arritmia, mesmo em pessoas sem problemas cardíacos prévios.

4. Desequilíbrio de eletrólitos

Níveis anormais de potássio, magnésio e cálcio no sangue interferem diretamente nos sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos, causando desde arritmias leves até condições que ameaçam a vida.

5. Problemas na tireoide

Tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo afetam a frequência cardíaca – o excesso de hormônios acelera os batimentos, enquanto a deficiência pode torná-los mais lentos ou irregulares.

6. Estresse emocional intenso

Situações de forte tensão provocam a liberação de adrenalina e outros hormônios do estresse que podem alterar temporariamente o ritmo cardíaco e desencadear episódios de arritmia.

7. Distúrbios respiratórios

A apneia do sono reduz o oxigênio no sangue durante a noite, forçando o coração a trabalhar mais e criando um terreno propício para arritmias, especialmente a fibrilação atrial.

8. Fatores genéticos

Algumas pessoas nascem com alterações no sistema elétrico do coração que as predispõem a desenvolver arritmias em qualquer fase da vida, como a síndrome do QT longo e outras condições hereditárias.

Diagnóstico

O diagnóstico da arritmia cardíaca começa geralmente com uma conversa detalhada entre médico e paciente sobre os sintomas sentidos, como palpitações, tonturas ou desmaios. Durante essa consulta, o cardiologista realiza um exame físico completo, verificando a pressão arterial e auscultando o coração para identificar batimentos irregulares. No entanto, como muitas arritmias cardíacas ocorrem de forma intermitente, o médico frequentemente solicita um eletrocardiograma (ECG), exame que registra a atividade elétrica do coração e pode revelar alterações mesmo quando você não está sentindo sintomas.

Quando a arritmia cardíaca não aparece no ECG convencional, o médico pode recomendar um Holter, dispositivo portátil que monitora os batimentos cardíacos por 24 a 48 horas enquanto você segue sua rotina normal. Em casos mais desafiadores, um monitor de eventos cardíacos pode ser utilizado por semanas ou até meses, permitindo que você aperte um botão quando sentir sintomas. Para arritmias provocadas por exercícios, o teste de esforço coloca seu coração sob estresse controlado, enquanto o ecocardiograma avalia a estrutura do coração para identificar causas subjacentes. Em situações específicas, o estudo eletrofisiológico pode mapear com precisão o circuito elétrico problemático, guiando tratamentos mais invasivos quando necessário.

Tratamento

O tratamento da arritmia cardíaca varia conforme sua causa, tipo e gravidade, sendo personalizado para cada paciente. Em casos leves, seu médico pode simplesmente recomendar mudanças no estilo de vida, como reduzir cafeína, álcool e cigarro, gerenciar o estresse e dormir melhor. Arritmias relacionadas a condições como hipertensão ou problemas da tireoide geralmente melhoram quando essas doenças são controladas. Para quadros que necessitam intervenção médica, os medicamentos antiarrítmicos atuam regulando os impulsos elétricos do coração, enquanto anticoagulantes podem ser prescritos para prevenir coágulos e AVC em pacientes com fibrilação atrial.

Para arritmias cardíacas mais sérias ou resistentes aos remédios, procedimentos minimamente invasivos ganham destaque. A ablação por cateter utiliza energia para destruir pequenas áreas do coração que causam ritmos anormais, com taxa de sucesso superior a 90% em certos tipos de arritmia. Pacientes com bradicardia (batimentos muito lentos) podem receber um marca-passo, dispositivo que envia impulsos elétricos para manter o ritmo adequado. Em casos de alto risco de morte súbita, o cardiodesfibrilador implantável monitora continuamente o coração e aplica choques quando detecta ritmos potencialmente fatais. A tecnologia avança rapidamente nesta área, com novos dispositivos menos invasivos e tratamentos personalizados surgindo constantemente.

Prevenção

Prevenir a arritmia cardíaca começa com pequenas mudanças diárias que protegem seu coração. Uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras, grãos integrais e peixes, combinada com a redução de sal, açúcar refinado e gorduras trans, fortalece a saúde cardiovascular. O exercício físico regular, aprovado pelo seu médico, melhora o condicionamento cardíaco e ajuda a controlar fatores de risco como pressão alta, diabetes e colesterol elevado. Somado a isso, manter um peso saudável reduz a sobrecarga no coração e diminui significativamente as chances de desenvolver arritmia cardíaca.

Evitar estimulantes como cafeína, nicotina e bebidas energéticas, especialmente se você já percebeu que eles desencadeiam palpitações, é uma medida preventiva eficaz contra episódios de arritmia cardíaca. Gerenciar o estresse através de técnicas como meditação, yoga ou hobbies relaxantes também protege seu ritmo cardíaco, assim como garantir noites de sono de qualidade – dormindo pelo menos 7 horas por noite. Se você sofre de apneia do sono, siga o tratamento recomendado, já que este distúrbio aumenta o risco de arritmias. Por fim, não negligencie o acompanhamento médico regular, especialmente após os 40 anos ou se houver histórico familiar de problemas cardíacos, pois detectar alterações precocemente permite intervenções mais simples e eficazes.

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